As viagens da América Latina à Ásia são gigantescas com longos vôos para cruzar Oceanos. Em minha primeira experiência viajando para a Ásia, fiz um itinerário sem parada de descanso até o Japão e percebi que uma quebra de viagem para descanso é mais do que necessária nos itinerários até os países asiáticos.
Portanto, incluí em meu roteiro à Indochina, uma parada estratégica na luxuosa Dubai. A cidade é literalmente um oásis no meio do deserto e portanto atrai muitos viajantes que, exatamente como eu, decidem parar por lá alguns poucos dias antes de seguir viagem ou mesmo muitos outros, que a escolheram como destino final.
Fiquei duas noites em Dubai, portanto, não tenho a pretensão de fazer desse post uma referência para os viajantes. Minha intenção é apenas compartilhar algumas belas fotos e sugerir lugares interessantes mesmo para quem tem pouco tempo na cidade mais superlativa do planeta.
Dubai é mundialmente conhecida pela modernidade de seus edifícios e o luxo de seus hotéis, tudo verdade, mas é interessante ver que eles preservam o antigo cais da cidade, onde tudo começou.  
No entorno de bairros tradicionais, mantém pequenos museus que retratam a história da cidade e cultura de seu povo. 
Como meu tempo era curto resolvi fazer um desses passeios comerciais que se propõe a mostrar o lado antigo da cidade.
O passeio em si não é ruim, mas é muito pouco tempo para explorar as belezas de cada lugar visitado. Um dos bairros onde gostaria de ter ficado mais tempo para fotografar melhor é o antigo bairro  iraniano que se chama Bastakiah.
Os antigos moradores do bairro construíram suas casas com corais marinhos no intuito de manter suas residências mais frescas e ventiladas. É uma perspectiva interessante, mas me doeu o coração ver aqueles corais transformados em paredes.
 
Visitei a famosa mesquita do bairro Jumeirah. As mesquitas normalmente não podem ser frequentadas por não muçulmanos, mas esta mesquita em particular é uma exceção, porém há horários específicos para as visitas. 
No dia e hora que fiz minha visita apenas pude fotografar a bela mesquita pela parte externa. As torres são super altas e características. 
Segui então, para o museu de Dubai, não muito grande, mas bem planejado para contar a história dos primeiros moradores e a evolução da cidade.
Depois, tomei o barco para ir à chamada Gold Souk onde muitas lojas vendem ouro com bons preços se vc tiver tempo suficiente para boa negociação.
Souk é o nome dos mercados onde se vendem especiarias, ouro, roupas, artesanato e afins. Há algumas mais autênticas para o público local e as que são bem voltadas ao turista. Fui apenas para saciar a curiosidade, sem intenção de compras até porque meu tempo era curto.
À noite um belo espetáculo gratuito é a dança das águas, na fonte que fica no térreo do edifício mais alto do mundo. A fonte fica bem ao lado do Dubai Mall que como tudo em Dubai é um superlativo também, nunca vi um shopping tão grande como aquele.
O edifício mais alto do mundo é o Burj Al Califa e é realmente interessante subir até o ponto de observação no topo. O prédio é um retrato da modernidade, suas linhas prateadas de arquitetura moderna, o elevador que sobe 10 andares por segundo e do topo uma impressionante vista da cidade construída do zero no meio do deserto. Certamente uma experiência que só se pode ter em Dubai.
Para fechar minha passagem por Dubai, no fim da tarde, fui fazer o safari no deserto. Nada semelhante ao safari sul africano, mas muito peculiar.
A experiência de ver o sol se pôr no deserto é fantástica.
O safari é um passeio em carro aberto numa reserva onde pode-se encontrar a pouca vegetação do deserto. As árvores têm troncos baixos, são fortes e resistentes crescendo no terreno de pouca água. As flores, mesmo crescendo no deserto, mantém a formosura.
Os animais que se avista são alguns antílopes típicos.
Bem no finalzinho da tarde, mais como um atrativo comercial, um falcão domesticado é apresentado com um burca e ao retirarem a burca a ave faz um vôo preciso para agarrar com o bico uma codorniz para se alimentar.
Já à noite, o safari termina com um típico jantar no deserto, curtos passeios de camelo, pintura de hena nas mãos e apresentação de dança do ventre.
Para quem ficou duas noites e não 1001, foi uma parada bem aproveitada que além do descanso dos longos vôos me permitiu conhecer um pouquinho desse país que não abre mão das tradições muçulmanas no dia a dia de seu povo, mas que investe os petrodólares na mais alta tecnologia e luxo que fazem de Dubai uma incrível cidade para se visitar.
Informações sobre documentação para brasileiros, para entrar em Dubai é necessário conseguir o visto no Brasil. O visto é por entrada no país , portanto, se fizer parada na ida e na volta de uma viagem mais longa, serão dois pedidos de visto. As agências de viagem estão acostumadas a conseguir esses vistos para os passageiros. 
E para os apreciadores de cerveja… Bom, Dubai é um país muçulmano, portanto, não esperem encontrar nada alcoólico vendido nos restaurantes, mas se quiser experimentar o que eles têm de semelhante ao que conhecemos por cerveja, há a opção libanesa não alcoólica.
Vou começar uma série de posts sobre o Japão e compartilhar minhas fotos do comecinho do Outono de 2013 quando estive nesse no país que representa a parte rica e moderna da Ásia.