A segunda parada em minha viagem à Indochina foi em Luang Prabang, uma pequena cidade no Laos que fica a 1 hora e 40 minutos de vôo partindo de Bangkok na Tailândia.
O idioma do Laos é muito semelhante ao Tailandês. Os Laosianos entendem perfeitamente o Tailandês falado, já os Tailandeses, têm mais dificuldades para entender o Laosiano, mas o entendem também, se falado bem devagar.
O Laos é um país socialista, vizinho da Tailândia, China e Vietnã cuja capital se chama Vientiane.
No sobrevôo de Luang Prabang já se avista o Mekong com toda a sua grandeza. É claramente uma marca da região e essencial à subsistência do povo Laosiano.
A documentação de entrada no país é toda providenciada na chegada. É simples, sem burocracia e o valor da taxa de emissão do visto de entrada varia por nacionalidade.
Aliados dos vietnamitas na Guerra contra os EUA, os Laosianos tiveram muitas baixas de guerra que se vêm refletidas no grande número de jovens nos postos de trabalho. Em algumas etnias, a sociedade é matriarcal e a líder, mais velha, é sustentada pelas mais jovens.
O Laos é um país empobrecido com 70% de sua população campesina vivendo do cultivo de arroz e do extrativismo no Mekong. Aliás, o arroz é o elemento mais importante da dieta Laosiana, cada pessoa consome cerca de 20Kg de arroz por mês. Impressionante, não ?
Os Laosianos não comem pães e farináceos como nós ocidentais, mas consomem uma enorme variedade de derivados de arroz.
A culinária em geral muito se assemelha à Tailandesa. Servem sopas com ingredientes desconhecidos para nós ocidentais, muitas verduras , peixes cozidos na casca de banana além de molhos e caldos que em sua maioria são super apimentados.
Em Luang Prabang visitei um bonito templo, o Vat Xieng Thong, que apesar de não ter o mesmo exotismo dos templos Tailandeses, me despertou interesse pelos lindíssimos mosaicos nas paredes.
O que mais me impressionou no Laos foi mesmo a natureza rústica e exuberante dos seus rios, cachoeiras e colinas cheias de vegetação e entremeadas de Budas e dragões.
Na tarde do primeiro dia subi a colina Vat Phousi, uma bela subida de mais de 400 degraus com vários pontos de observação do Rio Nam Kam e um pôr do sol espetacular no Mekong.
A foto abaixo tem um significado bastante interessante, veja que uma mulher está tirando a água dos cabelos enquanto Buda está acima em posição de meditação.
Essa imagem é bastante comum nos templos da região e diz-se que ao retirar a água dos cabelos dessa forma, a mulher está espantando os maus espíritos e protegendo Buda.
Ainda no Laos, vivi um incrível experiência ao visitar o santuário dos elefantes e cruzar o rio nas costas de um elefante. Confira o post.
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